A tecnologia vestível tem avançado em ritmo acelerado, especialmente no setor da saúde. Dispositivos como smartwatches e pulseiras inteligentes já vão muito além de contar passos ou monitorar batimentos cardíacos estão ganhando novas funções, como a medição dos níveis de glicose no sangue.
Com o aumento de doenças crônicas como a diabetes, uma dúvida vem chamando a atenção de pacientes e profissionais: será que um smartwatch que mede glicose realmente funciona? A própria Anvisa entrou nessa discussão, trazendo esclarecimentos técnicos sobre a eficácia desses dispositivos em uma nota oficial sobre o tema.
Neste artigo, vamos destrinchar as promessas, limitações e o futuro dessa tecnologia que está transformando o cuidado com a saúde. Você também vai conhecer os modelos mais promissores para 2025, entender como funcionam os sensores contínuos de glicose (CGM) e descobrir se investir em um relógio para medir a glicemia realmente faz sentido para o seu dia a dia.
O que é um Smartwatch com monitor de glicose?
Um smartwatch com monitor de glicose é um relógio inteligente projetado para estimar os níveis de açúcar no sangue. Em vez do método tradicional que exige furar o dedo ou utilizar sensores inseridos na pele essa nova geração de relógios promete uma medição não invasiva, utilizando tecnologias como espectroscopia, luz infravermelha ou sensores óticos.
Atualmente, muitos desses modelos ainda estão em desenvolvimento ou fase de testes clínicos. No entanto, já existem opções integradas com sensores CGM aprovados por órgãos reguladores como FDA (EUA) e Anvisa (Brasil), que fazem uma leitura contínua e transmitem os dados para o relógio via Bluetooth.
Smartwatch que mede glicose funciona?
A resposta curta é: sim, com limitações. Atualmente, não há um smartwatch 100% confiável que realize a medição exata da glicemia sem o uso de sensores auxiliares. Entretanto, quando combinado com sensores CGM, o smartwatch se torna uma excelente ferramenta de monitoramento contínuo.

A precisão da medição depende do tipo de tecnologia usada. Alguns modelos, como os que utilizam espectroscopia, ainda enfrentam desafios quanto à confiabilidade. Já dispositivos pareados com CGMs, como o FreeStyle Libre ou o Dexcom G7, mostram resultados muito satisfatórios.
Esses sensores captam a glicose intersticial o açúcar presente entre as células e transmitem os dados para o relógio. Assim, o usuário tem acesso rápido, discreto e atualizado sobre suas taxas de glicose ao longo do dia.
Tecnologias envolvidas no monitoramento de glicose
1. Sensores contínuos de glicose (CGM)
Os sensores contínuos de glicose (CGM) são os protagonistas dessa inovação. Eles são pequenos dispositivos aplicados sobre a pele que monitoram a glicose 24h por dia, transmitindo as informações via Bluetooth para um aplicativo ou smartwatch.
Entre os principais modelos estão:
- FreeStyle Libre (Abbott)
- Dexcom G6 e G7
- Guardian Sensor 3 (Medtronic)
A grande vantagem do CGM é a precisão, frequência de atualização (a cada 5 minutos) e alertas em tempo real sobre picos ou quedas de glicemia.
2. Espectroscopia e luz infravermelha
Alguns modelos de relógios em desenvolvimento buscam estimar a glicose por meio de tecnologias óticas, analisando a composição do fluido intersticial pela pele. Apesar de promissores, ainda enfrentam barreiras técnicas, como interferência da cor da pele, umidade e calor corporal.
3. Sensores de biocondutividade
Outra abordagem experimental envolve a análise da resistência elétrica da pele. Esses dispositivos ainda estão em fase laboratorial e não chegaram ao mercado comercial.
Marcas e modelos promissores
A corrida tecnológica está a todo vapor. Diversas empresas, startups e gigantes da tecnologia têm investido na criação de melhores relógios para diabéticos 2025. Veja alguns nomes que se destacam:
Apple Watch (com integração Dexcom)
A Apple não possui um sensor próprio de glicose ainda, mas o Apple Watch é compatível com aplicativos da Dexcom, permitindo o monitoramento direto pelo pulso.
Fitbit Sense 2
Assim como o Apple Watch, o Fitbit Sense 2 pode ser pareado com CGMs. Ele também monitora o estresse, sono e atividade física informações úteis para o controle da diabetes.
Huawei Watch GT4
A Huawei está testando um protótipo com sensor de glicose não invasivo. Ainda sem data de lançamento, promete alta precisão usando espectroscopia.
Samsung Galaxy Watch
A Samsung revelou que está investindo pesado em tecnologia não invasiva de glicose. O recurso ainda não está disponível, mas deve ser incluído em futuras versões.
É seguro usar relógio para medir glicose?
Sim, desde que o dispositivo esteja homologado por agências regulatórias e seja utilizado conforme orientação médica. Os relógios pareados com sensores CGM são considerados seguros e eficazes, e já são usados por milhões de pacientes com diabetes ao redor do mundo.
É importante lembrar que nenhum smartwatch substitui totalmente os exames laboratoriais. Eles devem ser vistos como ferramentas de apoio e monitoramento diário, e não como diagnóstico definitivo.
Vale a pena comprar relógio para glicemia?
A resposta depende do seu perfil. Para pessoas com diabetes tipo 1 ou tipo 2 com hipoglicemias recorrentes, o investimento em um relógio compatível com CGM pode ser um divisor de águas na qualidade de vida.
Os benefícios são claros:
- Monitoramento em tempo real
- Alertas sobre quedas ou aumentos de glicemia
- Integração com apps de saúde
- Maior autonomia e liberdade
Por outro lado, o custo pode ser elevado, já que os sensores precisam ser substituídos a cada 7 ou 14 dias. Ainda assim, muitos pacientes consideram o investimento válido pela praticidade e segurança.
Dicas antes de comprar um Smartwatch com sensor de glicose
- Verifique a compatibilidade com sensores CGM: Nem todos os smartwatches são compatíveis com FreeStyle Libre ou Dexcom.
- Consulte seu endocrinologista: A recomendação médica é essencial para garantir o uso correto.
- Avalie o custo-benefício: Considere o preço dos sensores, manutenção e funcionalidades extras do relógio.
- Prefira marcas reconhecidas: Apple, Fitbit, Garmin e Samsung oferecem melhor suporte e segurança.
Dica extra
Antes de comprar, saiba dos riscos: Descubra o que a Anvisa diz sobre os smartwatches que medem glicose e entenda por que a aprovação dos órgãos reguladores é essencial para sua segurança.
Futuro dos Smartwatches com medição de glicose
Especialistas acreditam que os relógios com sensores não invasivos de glicose estarão amplamente disponíveis nos próximos 5 anos. O grande desafio atual é conseguir precisão laboratorial sem depender de sensores implantáveis.
Com a chegada da inteligência artificial, esses dispositivos poderão prever crises de hipoglicemia com base nos seus hábitos, sono e alimentação. Isso representará um salto quântico no tratamento da diabetes.
FAQ – Smartwatch que Mede Glicose Funciona?
1. Smartwatch que mede glicose funciona mesmo?
Sim, funciona, principalmente quando integrado a sensores contínuos de glicose (CGM) como FreeStyle Libre ou Dexcom. Esses dispositivos fornecem dados em tempo real e com alta precisão. Já os relógios com medição não invasiva ainda estão em desenvolvimento e podem não ser tão confiáveis.
2. É seguro usar relógio para medir glicose?
Sim, desde que o aparelho seja homologado por órgãos reguladores (como Anvisa ou FDA) e utilizado conforme a recomendação médica. Relógios pareados com sensores CGM são amplamente utilizados por diabéticos e oferecem monitoramento confiável.
3. Existe algum smartwatch que mede glicose sem furar o dedo?
Alguns modelos estão sendo testados para oferecer medição não invasiva, como os da Huawei e da Samsung. No entanto, os mais precisos ainda utilizam sensores aplicados na pele, que não requerem furos no dedo, como os CGMs.
4. Qual a diferença entre CGM e relógio com sensor embutido?
CGM (Sensor Contínuo de Glicose): É um dispositivo aplicado na pele que mede a glicose 24h/dia e envia os dados para um smartwatch ou app.
Relógio com sensor embutido: Ainda em fase de testes, esses relógios tentam medir a glicose diretamente pelo pulso, sem sensores externos, mas a tecnologia ainda não é totalmente confiável.
5. Vale a pena comprar um smartwatch para glicemia?
Se você tem diabetes tipo 1, tipo 2 com episódios de hipoglicemia ou deseja acompanhar sua saúde com mais autonomia, vale sim. O investimento traz mais controle, alertas de risco e facilidade no dia a dia, apesar do custo elevado de sensores CGM.
6. Esses relógios substituem exames tradicionais de glicose?
Não. Apesar de fornecerem um acompanhamento contínuo e valioso, os smartwatches não substituem exames laboratoriais. Eles servem como ferramenta complementar ao tratamento e ao controle glicêmico.
7. Posso usar qualquer relógio com sensor CGM?
Nem todos os smartwatches são compatíveis com todos os sensores. Antes de comprar, verifique se o modelo oferece suporte ao sensor CGM que você pretende usar, como os da Dexcom ou Abbott.
Conclusão
O avanço dos smartwatches que mede glicose é uma revolução silenciosa, mas extremamente promissora. Ainda que os modelos 100% independentes estejam em desenvolvimento, os dispositivos pareados com sensores contínuos de glicose (CGM) já oferecem uma experiência segura, confiável e libertadora para milhões de pessoas com diabetes.
Se você se pergunta se vale a pena comprar relógio para glicemia, saiba que a resposta pode ser sim especialmente se você busca praticidade, controle e prevenção em tempo real.
A tendência é que, em breve, esse tipo de tecnologia esteja mais acessível, mais precisa e totalmente integrada ao nosso dia a dia. Até lá, informe-se, consulte seu médico e escolha o melhor dispositivo para o seu caso.
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